Rede de descanso Denaná

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

História da Rede - Cap. 2

No capítulo 2 de Rede de Dormir, Câmara Cascudo discorre sobre a geografia da rede. "A rede derramava-se no século XVI em diante pelas grandes e pequenas Antilhas e do Panamá atual até as Guianas". Já no Pacífico, encontrava-se na Colômbia e Peru. Para o norte, o México foi a região de menor conquista. Na região espanhola, Haiti e Santo Domingo, as redes eram as camas indígenas. Quando entra no território do Atlântico, Câmara Cascudo afirma que a rede era "senhora e dona dos sonos". No Brasil ela acompanha o Tupi-Guarani.
Cronistas brasileiros registraram seu uso por toda parte da costa e sua penetração diária nos costumes dos colonos brancos. "A difusão da rede parece ter devido orientação e interesse aos Tupi-Guaranis, especialmente porque estes empregaram preferencialmente o algodão. A rede de algodão é quase uma característica do Tupi e como ele e o Cariri foram os grandes povoadores do interior nordestino, haverá a preparação inicial para o uso da rede entre as populações sertanejas que nasceram ou depois foram fixadas naquelas regiões".
A rede nas colonizações
Cascudo escreve: "Na hamaca dormiram conquistadores e missionários, aventureiros famintos e cruéis, os viajantes e naturalistas dos séculos XVIII e XIX".
"Os espanhóis começaram a devastar o interior, continental e insular, e com eles a indiada acompanhante, levando hamacas e que assim foram sendo popularizadas onde ninguém antes sabia de sua existência gostosa. Semelhantemente operaram os portugueses com seus aliados, as cunhãs carregando a rede, a ini inestimável, Brasil a dentro, subindo e descendo as regiões que olhamos embevecidos nos mapas coloridos".
No próximo post seguiremos com o capítulo 3 do livro Rede de Dormir. Para ver todos os posts desta série clique em Marcadores/História da Rede.

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